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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tipos de Clima e Climas no Brasil

Climas polares


São climas de baixa temperatura o ano inteiro, chegando por volta, no máximo 10°.
Estão presentes nas áreas de grandes latitudes.

Pois não há concentração de calor, o sol fica sempre baixo no horizonte na época do verão, e no inverno ele nem aparece. Portanto essas regiões polares (próximas aos círculos polares Ártico e Antártico) estão sempre cobertas de neve e gelo.

As temperaturas mais baixas foram registradas em Vostok, Antártida, -88°C.

Climas temperados
 

Os climas temperados são caracterizados por ser possível ver as quatro estações do ano de uma maneira bem clara, sendo possível as atividades humanas durante a maior parte do ano. Dividem-se em:

- marítimo: Sofre influencia  dos oceanos, por isso as temperaturas são constantes.
- continental: apresenta verões mais quentes e invernos mais frios e secos.

Clima mediterrâneo

Apresenta invernos mais brando e chuvosos, verões quentes e secos.

As chuvas ocorrem no outono e inverno. Algumas áreas de sua ocorrência são o sul da Califórnia, parte meridional da África do Sul e sul da Austrália.

Clima tropical

É considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, que ocorre as chuvas, e inverno ameno e seco.

Este tipo de clima ocorre na maior parte do território brasileiro.

Clima equatorial

Ocorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial.

A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de 2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite.

Clima subtropical


Ocorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes.

Clima desértico


Os desertos baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C principalmente no inverno.

Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia).

Clima semi-árido

Apresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição, encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas.


Climas no Brasil

No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical.

Equatorial

É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção.

Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.

Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.

Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.


Tropical úmido

Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo.

No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.

As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno.

É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.

Tropical típico ou semi-úmido

Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil.

As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.

Chove por volta de 1500mm por ano.

É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.

Semi-árido

Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano.

É seco e árido, mas não como o deserto.

Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.

Subtropical

Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio.

Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano.

O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.



ELEMENTOS E FATORES DO CLIMA

 ELEMENTOS E FATORES DO CLIMA
CONCEITOS

O Clima

O clima pode ser definido como sendo o comportamento da atmosfera ao longo do ano, é constante, em um ponto qualquer da superfície da Terra.

O clima não pode ser confundido com o tempo. Por exemplo: se dizemos que o dia ontem estava quente, estamos nos referindo ao tempo. Mas, se dissermos que na Amazônia o tempo é quente e úmido o ano inteiro, estamos nos referindo ao clima da região. O tempo portanto, é algo passageiro, é como o ar está naquele  momento.


Elementos climáticos: São grandezas meteorológicas que variam no tempo e no espaço e comunicam, ao meio atmosférico. Suas características e propriedades peculiares são temperatura, umidade, chuva, vento, nebulosidade, pressão atmosférica, radiação solar, massas de ar e etc.

Fatores climáticos: Influenciam os elementos climáticos, modificando o clima de um local. São eles o relevo, tipo de solo, latitude, altitude, maritimidade-continentalidade, correntes marítimas, vegetação e etc.
FATORES DO CLIMA

Latitude – as diferenças de latitude ou de localização das zonas climáticas podem alterar tanto a temperatura como a pressão atmosférica.

● menor latitude = maior temperatura/menor pressão. Ex: zona equatorial.

● maior latitude = menor temperatura/ maior pressão. Ex: zona polar

Altitude

● menor altitude = maior temperatura/maior pressão

● maior altitude = menor temperatura/menor pressão

Maritimidade e Continentalidade – a influência do mar, ou maritimidade, é um importante regulador do clima de regiões litorâneas. Essas regiões têm temperaturas mais amenas e com pequenas variações. Os ventos carregados de umidade vindos dos oceanos tornam essas regiões mais úmidas e chuvosas.
As áreas situadas no interior dos continentes não têm essas características. No interior dos continentes, a amplitude térmica aumenta e as chuvas diminuem, pois os ventos vão perdendo umidade, à medida que penetram nos continentes.

Correntes Marítimas – são verdadeiros rios dentro do mar, modificadores do clima. As correntes quentes podem amenizar o clima, como faz a corrente do Golfo em relação ao clima da Europa ocidental. Correntes frias podem ser responsáveis pelo aparecimento de regiões desérticas.

Vegetação – emite determinadas quantias de vapor de água, influenciando o ciclo hidrológico de uma região.

OS ELEMENTOS DO CLIMA

Temperatura - é a quantidade de calor na atmosfera. A energia primária do Sol aquece a superfície da Terra (a hidrosfera e a litosfera) e esta irradia calor para o ar; portanto, a temperatura do ar é um calor indireto, já que é irradiado da superfície para a atmosfera.

A umidade do ar – a umidade atmosférica (quantidade de vapor de água existente no ar) varia de um lugar para o outro e até em um mesmo lugar, dependendo do dia, do mês ou da estação do ano.
Quando o vapor de água da atmosfera atinge seu ponto de saturação, ocorrem as precipitações, que podem se apresentar sob várias formas: chuva, neve e granizo. São as chamadas precipitações não superficiais, porque a condensação acontece nas camadas mais elevadas da atmosfera. Quando a condensação ocorre junto à superfície, forma-se o orvalho, a geada e o nevoeiro, que por isso são considerados condensações superficiais, e não propriamente precipitações.

PRECIPITAÇÕES NÃO SUPERFICIAIS

Chuvas – resultam da conjugação de dois fatores: o vapor de água atingir seu ponto de saturação e a queda de temperatura da atmosfera. Podem se formar de três maneiras:

Chuvas convectivas – ocorre quando o ar, em ascensão vertical, se resfria (em contato com as camadas mais frias), se condensa e se precipita sob forma de chuva:

Chuvas de montanha ou orográficas – ocorrem com a ascensão e o resfriamento do ar, quando tem de ultrapassar barreiras montanhosas:

Chuvas frontais – resultam do choque de uma massa de ar fria (e seca) com uma massa de ar quente ( e úmida)

Pressão Atmosférica – o peso que o ar exerce sobre a superfície terrestre é chamado de pressão atmosférica. Como esse peso não é exercido de maneira uniforme em todos os lugares, as diferenças de pressão originam os ventos.

Radiação - É o calor recebido de tudo que rodeia o animal (sol, paredes, outros animais, o solo etc). Somente 31% da radiação solar atinge a superfície terrestre. 30% é refletida pelas camadas de nuvens e volta para o espaço e 6% é refletido pelo solo. Cerca de 15% é absorvida na atmosfera, pelo vapor de água, CO2 e partículas (aerossóis). Aproximadamente 3% é absorvido na ionosfera, na formação do ozônio. Cerca de 15% da radiação solar incidente é dispersada pelas partícula sólidas e gasosas.
Relevo - A topografia pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, influenciando na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.
Vegetação - impede a incidência direta dos raios solares na superfície, amenizando o aquecimento. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.
Os ventos deslocam-se sempre das áreas de alta pressão (áreas frias) para as áreas de baixa pressão (áreas quentes).
Massas de ar – porções da atmosfera que reúnem determinadas condições de temperatura, pressão e umidade.


Massa equatorial continental (mEc) – Originária da Amazônia ocidental – área de baixa latitude e muitos rios. É uma massa de ar quente, úmido e instável. Atinge praticamente todas as regiões durante o verão no hemisfério sul, provocando chuvas. No inverno, a mEc recua e sua ação fica restrita à Amazônia ocidental.
Massa tropical atlântica (mTa) – Também de ar quente e úmido, origina-se no atlântico sul. Atua na faixa litorânea e é praticamente constante durante todo o ano. No inverno, a mTa encontra a única massa de ar frio atuante no Brasil, a mPa, cujo encontro provoca as chuvas frontais do litoral nordestino. No Sul e Sudeste, o encontro da mTa com as área elevadas da serra do Mar provocam as chuvas orográficas.
Massa polar atlântica (mPa) – De ar frio e úmido. Atua principalmente no inverno. Em virtude das baixas altitudes da área central do território brasileiro (planaltos rebaixados), no inverno essa massa chega a atingir a Amazônia ocidental, e provoca baixa de temperaturas. Como dito acima, essa massa encontra a mTa no litoral do Nordeste no inverno, provocando as chuvas frontais.
Massa equatorial atlântica (mEa) – Massa de ar quente e úmido. Atua principalmente durante a primavera e o verão no litoral do Norte e Nordeste. Conforme avança para dentro do país, perde a umidade.
Massa tropical continental (mTc) – Origina-se na região do Chaco, Paraguai, que é uma zona de altas temperaturas e pouca umidade, que a torna a única massa de ar quente e seco. Também provoca um bloqueio que detém as massas de ar frio, mormente nos meses de maio e junho. 
O FATOR HUMANO

A história da Terra registra grandes alterações climáticas, antes mesmo da presença humana. A condição para o desenvolvimento da vida nas terras emersas do planeta dependeu, inclusive, de modificações na composição química da atmosfera. Mas estas mudanças ocorreram em grandes espaços de tempo.

Atualmente as alterações climáticas e os problemas que elas projetam para o futuro são resultantes, principalmente, das atividades humanas. A poluição atmosférica tem aumentado em escala progressiva há mais de dois séculos, a partir da Revolução Industrial. A industrialização inaugurou o uso em grande escala dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), principais responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta na atualidade.

A sociedade de consumo baseada no aumento da produção e oferta de bens materiais, é outra conseqüência da "civilização industrial". No século 20, o automóvel representou a face mais visível dos valores desta sociedade, hoje é o principal responsável pela poluição atmosférica nas grandes cidades.

A dilapidação dos recursos naturais, o desmatamento, a deterioração dos rios, a construção de represas e muitas outras realizações humanas, exercem também influências negativas sobre o clima. Lidar com estas questões e propor soluções estão entre os desafios a ser enfrentados no século 21.